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Porcentagem de cães mortos por CCZ de Três Lagoas diminui


  
Cães ‘aguardando’ para serem mortos. (Foto: Arquivo JP) 
 
O CCZ de Três Lagoas (MS) divulgou que caiu para 16,6% o número de cães mortos pelo órgão por conta da infecção por leishmaniose visceral. De acordo com o veterinário Antônio Luiz Teixeira Empke, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em 2012, a média mensal de cães mortos lá era de 350, mas neste ano o número baixou para 300.
De acordo com o veterinário, a queda está relacionada ao trabalho desenvolvido pelo CCZ, em parceria com demais departamentos da Secretaria Municipal de Saúde, entre eles o setor de Endemias.
O CCZ recolhe de imediato os cães infectados pelo vírus leishmania e, posteriormente, mata esse animal. A segunda ação consiste no controle de vetores, ou seja, eliminar o mosquito flebotomíneo, mais conhecido como palha ou birigui. Este trabalho é realizado pelo setor de Endemias com a aplicação de veneno.
Baseado em dados do Ministério da Saúde que preconiza que a doença no cão não tem cura, a postura do CCZ de Três Lagoas é a morte para cães com sorologia positiva. Porém, segundo Empke, tal atitude só é tomada pelo órgão com consentimento do tutor do animal, o qual deve levar o animal até o CCZ ou ligar e solicitar que os profissionais do centro busquem o animal. Tanto a entrega voluntária como a recolha é registrada via documentação.
Entretanto, conforme o veterinário, o cidadão que se negar a entregar o cão doente ao órgão assina um termo de responsabilidade.
Segundo o coordenador do CCZ, existem veterinários da cidade e região que tratam os sintomas da doença. Os medicamentos usados no tratamento são para humanos, já que a medicina veterinária não dispõe de remédios específicos.

O veterinário Alessandre Alves Dias, proprietário de uma clínica veterinária em Três Lagoas, é contra a eutanásia. Segundo ele, hoje, o cachorro é considerado pela maioria dos brasileiros um membro da família. O bichinho doméstico é, para alguns, companheiro, e para outros é um funcionário, pois são cães de guarda e guias.
Em função disso, os tutores fazem de tudo para não perder seus cães. E no caso da leishmaniose há aqueles que optam pelo tratamento. Entretanto, para tratar um animal, o profissional precisa fazer uma ampla avaliação, com destaque para o quadro clínico do cachorro e também para as responsabilidades do tutor quanto aos cuidados que terá que ter o bichinho.
Dias garante: os cuidados devem ser triplicados, como aplicação de vacina, uso de coleira repelente e aplicação de inseticidas. “O tutor tem que ter estrutura financeira, além de muito cuidado”. E continuou: “O tratamento não pode ser generalizado para todos os cães, pois é necessário estudar caso a caso”, frisou.
Para Dias, o Ministério da Saúde incentiva a eutanásia por conta do alto custo da vacina, cerca de R$ 100 a dose. Para matar um cão, o valor gira em torno de R$ 2. “A diferença em valores é enorme e ficaria caro para a União arcar com a campanha de vacinação de leishmaniose, como faz com a raiva”, pontuou.
Com informações de Jornal do Povo de Três Lagoas

Fonte : Anda www.anda.jor.br

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