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Raiva Canina: Oque é? Quais os Sintomas?

O que é a raiva? Como ocorre a transmissão?
A raiva é um vírus sendo uma zoonose, ou seja, é transmitida do animal para o homem. Tem uma alta taxa de mortalidade, chegando a alcançar quase 100%.

O homem é um hospedeiro acidental na cadeia infecciosa, como o são, até certo ponto, os animais domésticos (cão e gato), sendo o grande reservatório natural representado por animais silvestres.

Esse vírus é transmitido através de mordidas, arranhaduras de mamíferos já contaminados. Na maioria dos casos a transmissão ocorre através de cães e gatos, tanto porque são animais de companhia que possuem maior convívio com os humanos. Porém, além do cão e do gato, outros animais contaminados também podem transmitir, como os furões, raposas, coiotes, guaxinins, gambás e morcegos.

Animais não mamíferos como pássaros, lagartos e peixes não transmitem raiva. Nos humanos, o vírus da raiva possui tropismo pelo sistema nervoso central, instalando-se no cérebro, tendo como resultado final a encefalite que é uma inflamação no cérebro.
 
ciclo da raiva canina
 

Quando uma pessoa contrai o vírus da raiva


Como sintomas da instalação do vírus, podemos observar que a pessoa contaminada apresenta confusão; desorientação; agressividade; alucinações; dificuldade em deglutir; paralisia motora; espasmos; salivação excessiva pela dificuldade em deglutir. Esses sintomas são vistos, pois as funções cerebrais passam a ficar incoordenadas, com isso a pessoa deixa de responder adequadamente. Desde o diagnóstico, como já foi dito, em quase 100% dos casos o óbito ocorre. Só há relato de 3 casos, inclusive um no Brasil, de pacientes que sobreviveram. Isso se deu graças a um novo esquema de tratamento, desde 2005, que associa um antiviral, um ansiolítico e um anestésico. Mas, mesmo com a cura, ocorrem graves seqüelas.
 

Fases do vírus da raiva

O vírus da raiva pode ser descrito com uma sequência vista em 4 fases:
 
1) Incubação: é o momento de propagação do vírus através dos nervos periféricos. A partir da mordida até o surgimento dos primeiros sintomas pode haver um intervalo de 3 meses;
 
2) Pródromos: trata-se de sintomas não específicos como dores de cabeça, febre baixa, mal-estar, dores de garganta e vômitos que ocorrem antes da encefalite. Nesse momento também pode haver coceira, dor e dormência no local da mordida ou arranhadura;
 
3) Encefalite: é a inflamação propriamente dita do sistema nervoso central;
 
4) Coma e óbito: ocorre após 2 semanas após o início dos sintomas, em média.

 

A raiva tem cura? Como tratar?


Na realidade o tratamento é basicamente profilático, ou seja, deve ser feito antes que uma mordida ou arranhadura ocorra e se faz com vacinação e quando em exposição ao vírus, tratamento com imunoglobulinas (que são anticorpos).

Após ocorrer a mordida ou arranhadura, deve-se lavar muito bem o local ferido com água e sabão e se dirigir a um hospital. Se o animal que mordeu ou arranhou for doméstico, é fundamental verificar a caderneta de vacinação deste. Nestes animais, o período de incubação do vírus é de 10 dias. Após esse período, se o animal se mantiver saudável, não há risco de contrair o vírus.

Caso seja um animal selvagem, como um morcego, é importante que se faça a captura deste para verificar se ele apresenta o vírus. Se não for possível capturar o animal para verificação, tanto selvagem quanto doméstico, o tratamento no humano deve ser feito partindo do princípio que o animal estivesse contaminado.

Deve-se levar em consideração que mordidas na cabeça e no pescoço são mais graves por estarem mais próximas do local de eleição para a instalação do vírus que é o cérebro.

É importante saber que receber lambidas de animais em pele intacta, sem feridas, assim como fazer carinho no animal, não transmite o vírus. Porém, não se deve oferecer uma pele machucada para o animal lamber, pois além do risco de infecções bacterianas, o vírus da raiva também pode ser transmitido por essas lambidas, uma vez que o vírus se encontra na saliva do animal.
 

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