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Cães e gatos esperam por carinho e atenção em abrigos em Fortaleza (CE)

Quem entra no abrigo São Lázaro é cercado em poucos segundos por pares de olhos cheios de pedidos de carinho. Depois deles vêm os latidos, um abanar de rabos sem fim, pedidos de afago, lambidas e alguns abraços. Não há ali um só animal sem uma história de amolecer o coração. Tem o Coragem, um pequeno cão sem raça definida, brincalhão e de olhar altivo, que foi espancado pelo tutor até o dia em que fugiu; o Sansão, ex-cachorro de rinha, resgatado há pouco e que ainda está pele, osso e mansidão; a Regisvânia, uma cadela que colocou um bocado de cachorro no mundo, foi resgatada, castrada e se aproxima desconfiada, pedindo que lhe cocem às costas.

Como o São Lázaro, existem outras entidades em Fortaleza engajadas em cuidar de animais e que trabalham na sensibilização para a adoção. Essas instituições entendem o “animal como um ser vivo e não como uma mercadoria que pode ser comprada”, como define Rosane Dantas Batista, protetora que administra o abrigo. “Comprar sustenta um mercado que maltrata a cadela matriz”, defende Rosane.
Só o São Lázaro cuida de 180 cachorros e 70 gatos que juntos comem 90 quilos de ração diariamente e são mantidos somente com as doações e o carinho dos voluntários. Em 20 anos de abrigo, Rosane já perdeu as contas do tanto de bichos que ajudou. “Tem dia que é de cortar o coração, que não tem ração nem remédio. Mas é a minha vida. Hoje eu nem saberia viver sem eles”, conta a protetora, que herdou o abrigo do avô.

Com uma dívida nas clínicas veterinárias que ultrapassa R$ 5 mil, o São Lázaro hoje tem seis cães com o tratamento de câncer paralisado, um gatinho recém-chegado com a pata com fratura exposta, um cachorro precisando de transfusão de sangue e uma cadela que chegou grávida e precisa de uma cesárea urgente. 

Fonte: anda.jor.br

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